A taxa Euribor a seis meses caiu para 2,597% a 24 de dezembro de 2024, marcando o seu nível mais baixo desde dezembro de 2022. Esta descida é acompanhada pela taxa a três meses, que também atingiu um mínimo de 2,715%, enquanto a taxa a 12 meses subiu ligeiramente para 2,471%. Estas movimentações no mercado financeiro mostram as consequências das recentes decisões do Banco Central Europeu (BCE) em relação às taxas de juro.
A Euribor a seis meses, que é a taxa mais utilizada em Portugal para créditos à habitação com taxa variável, foi uma das mais afetadas pelas flutuações do mercado. Após ter ultrapassado os 4% entre setembro e dezembro de 2023, a queda desta taxa é uma boa notícia para muitos mutuários. Em outubro de 2024, dados do Banco de Portugal mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do total dos empréstimos à habitação própria permanente com taxa variável, evidenciando a sua importância para o setor.
No que diz respeito à taxa a três meses, esta também registou uma descida significativa, fixando-se em 2,715%, um novo mínimo desde março de 2023. Por outro lado, a taxa a 12 meses, depois de ter permanecido acima de 4% entre junho e novembro de 2022, apenas teve um leve aumento, demonstrando uma certa estabilidade no longo prazo.
A média das taxas Euribor em novembro apresentou uma descida mais acentuada nas taxas a seis meses, que caiu para 2,788%, enquanto as taxas a três e a 12 meses mostraram quedas mais suaves. Esta tendência de redução pode estar ligada ao corte de 25 pontos base nas taxas diretoras do BCE em dezembro, uma medida que visava apoiar a economia em um ambiente de incertezas.
As taxas Euribor são estabelecidas com base nas médias das taxas a que os bancos da zona euro estão dispostos a emprestar entre si. Este fator torna a sua evolução não apenas um barómetro das condições do crédito, mas também uma reflexão do ambiente económico mais amplo na Europa.
Em resumo, a recente descida das taxas Euribor a três e a seis meses representa um alívio para os mutuários portugueses, que poderão beneficiar de custos mais baixos nos seus créditos à habitação. Com os sinais de estabilidade nas taxas a longo prazo, os próximos meses poderão determinar a continuidade desta tendência, dependendo da política monetária do BCE e da resposta do mercado a novas circunstâncias económicas.
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