Francisca Carvalho

Vestígios do mau tempo evidentes em Lisboa

Chuva, ventos fortes e um “pequeno tornado” provocaram quedas de árvores, inundações, telhados arrancados e perturbações no trânsito em Lisboa, esta terça-feira.

Foram registadas em Lisboa cerca de 25 inundações. A capital foi a cidade mais afetada pelo mau tempo registado no país. Verificaram-se 229 ocorrências em Lisboa, até às 14 horas desta terça-feira, avançam os Bombeiros Sapadores de Lisboa.

A Rua das Pretas, na freguesia de Santo António, registou uma cheia, que obrigou a fechar algumas lojas, segundo o Diário de Notícias.

As inundações que a chuva causou levaram a que algumas vias fossem cortadas ao trânsito e obrigaram ao encerramento temporário do túnel perto da Praça José Queirós, para que fossem escoadas as águas, disse à Lusa o comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa. Foram registadas cerca de 25 inundações em espaços privados e públicos.

“As tampas de escoamento de águas levantaram devido ao caudal, o que obrigou a interromper a circulação”, explicou o comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, Tiago Lopes.

Em Alcântara, um tornado de “fraca intensidade” levou à queda de árvores, algumas centenárias, que foram arrastadas pela força do vento, informação revelada pelo Jornal Notícias.

De acordo com Patrícia Marques, meteorologista de serviço do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o fenómeno tratou-se de “uma supercélula, que passou com bastante atividade e fez um movimento rotacional que terá resultado na imagem semelhante a um funil”, revelou ao jornal Público.

As fortes chuvas e o fenómeno meteorológico semelhante a um tornado causaram danos no telhado do Banco Alimentar Contra a Fome, confirmaram fontes oficiais ao jornal Público. O presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, David Amaro, revela ao Jornal Noticias, que o jardim Avelar Brotero ficou completamente destruído

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, visitou as freguesias mais afetadas pelo mau tempo, nomeadamente, Alcântara e Estrela, para fazer uma primeira avaliação dos danos causados.

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Professores dizem “não” à precariedade

Os professores cumprem, esta quarta-feira, uma greve nacional contra a alegada falta de investimento do Governo na educação. De acordo com as informações avançadas pelo Jornal Público, a adesão à greve dos professores estava, hoje, às 9h30, próxima dos 90%. 

Os impactos da greve nacional já estão a ser sentidos, com mais ou menos intensidade, nas escolas de norte a sul do país. Muitas delas encontram-se encerradas e, outras, estão abertas mas as habituais aulas não estão a ser lecionadas devido à ausência de professores, afirmou à Lusa, João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNE). 

Os professores reivindicam melhores condições de trabalho, descongelamento das carreiras e reconhecimento, por parte do Ministério, do perigo a que os professores podem estar sujeitos – como é o caso das recentes notícias veiculadas nos órgãos de comunicação social sobre pais e alunos que agridem violentamente professores no interior e exterior do campus escolar.

As diversas estruturas sindicais associadas aos professores escolheram precisamente o dia de hoje para realizar a greve nacional de professores pelo facto desta coincidir com o dia em que João Costa, Ministro da Educação, defende no Parlamento a proposta orçamental para o setor da educação para 2023.

Aproveitando a presença do Ministro no Parlamento, os professores reuniram-se e manifestaram-se hoje em frente à Assembleia da República, uma hora antes do Ministro da Educação se pronunciar no hemiciclo.

A jornalista do Factual.Digital, Francisca Goncalves, esteve no local esta tarde e, a sindicalista Maria Marta revelou-lhe que “os professores estão com expectativas para as negociações desta semana e esperamos que algumas das nossas reivindicações sejam incluídas nos planos do ministério”.

O Ministro da Educação, João Costa, afirma que as negociações vão dar resposta às reivindicações dentro do quadro do Orçamento do Estado, de forma a não colocar em risco o futuro do setor, revelou em entrevista ao fórum da TSF. 

Por Ana Francisca Gonçalves e Bruno Neves Saraiva

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Filial da Unilabs multada em 5 milhões de euros

A Autoridade de Concorrência aplicou esta segunda-feira uma multa superior a cinco milhões de euros à empresa filial da Unilabs por práticas de cartel.

A investigação da Autoridade de Concorrência revela que o laboratório Dr. Campos Costa – Consultório de Tomografia Computorizada, filial da Unilabs, implementava práticas de cartel nos concursos públicos para telerradiologia.

A investigação da Adc determinou que o laboratório e outras empresas decidiam com antecedência os vencedores da contratação pública para a prestação de serviços de telerradiologia.

A Filial da Unilabs participou no cartel entre novembro de 2015 e agosto de 2021, segundo a Autoridade de Concorrência. O grupo, em resposta à acusação, informou em comunicado que as práticas anticoncorrenciais acabaram em 2017, quando a filial se juntou ao grupo.

Segundo o grupo, a Dr. Campos Costa “cooperou com a AdC no sentido de encerrar um processo relacionado com factos de natureza histórica, que não refletem o seu atual posicionamento”.

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