Leonor Serra

Precipitação intensa causa estragos no distrito de Lisboa

Esta terça-feira o mau tempo fez-se sentir um pouco por todo o país. Mas foi sobretudo nos distritos de Lisboa, Leiria e Porto que a chuva causou mais estragos.

O distrito de Lisboa foi o mais afetado dos três. Na capital destacam-se, sobretudo, as freguesias de Alvalade e Alcântara, que registaram 18 e 12 ocorrências, respetivamente, entre as 13h00 e as 15h00, horário em que se deu o pico de precitação.

Entre as 12h00 e as 22h00 da noite, segundo a Proteção Civil de Lisboa, registaram-se 229 ocorrências na cidade. Entre elas, inundações, quedas de árvores e viaturas danificadas. Foram também cortadas vias de trânsito e encerrou-se temporariamente o túnel junto à Praça José Queirós.

Segundo o Diário de Notícias, de acordo com o comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, Tiago Lopes, “algumas vias da cidade de Lisboa estiveram cortadas devido ao escoamento de águas”, tendo sido registadas cerca de 25 inundações em espaços públicos e privados. “As tampas de escoamento de água levantaram devido ao caudal, o que obrigou a interromper a circulação”, explicou, indicando também a ocorrência de algumas quedas de árvores na cidade.

Alguns dos principais afetados foram os condutores, que sentiam dificuldade em controlar os veículos durante a condução, uma vez que as principais vias de trânsito se encontravam completamente alagadas.

O teto do armazém do Banco Alimentar Contra a Fome, na Avenida de Ceuta, em Alcântara, ficou danificado, tendo parte da cobertura voado para a linha de comboio. Foi inclusive detetado, na mesma zona, um tornado de fraca intensidade e de curta duração, registado pelos dados de radar do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Apesar da intensidade da precitação e do vento, não houve registo de pessoas feridas, sendo que os únicos danos foram materiais.

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Vice-Presidente de Montalegre presta declarações em tribunal 

David Teixeira, vice de Montalegre, prestou hoje declarações ao juiz de Instrução, no Porto. As medidas de coação serão anunciadas durante a parte da tarde.

Recorde-se que Orlando Alves, David Teixeira e o chefe de gabinete da divisão de obras municipais foram detidos na passada quinta-feira pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito da Operação Alquimia, por estarem indiciados dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio.

Em comunicado divulgado nesse mesmo dia, a PJ explicou que a investigação recai sobre “um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.

Ricardo Sá Fernandes, advogado de David Teixeira, disse hoje aos jornalistas: “Eu requeri a prestação de esclarecimentos adicionais por parte do vice-presidente. Foram prestados agora da parte da manhã, razão pela qual será conhecida [a medida de coação] da parte da tarde”.

Segundo fonte judicial, na sua promoção, o Ministério Público pediu que os três arguidos fiquem em prisão preventiva, mesmo depois de os arguidos terem renunciado aos cargos para os quais foram eleitos pelo Partido Socialista, na última sexta-feira. Desde aí, estiveram a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

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