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Inundações em Espanha provocam 205 mortes e configuram uma das maiores catástrofes naturais da história recente

O número de mortes causadas por inundações em Espanha aumentou para 205, com maioria das vítimas localizadas na Comunidade Valenciana, conforme avançaram as autoridades espanholas esta terça-feira. Este trágico balanço foi divulgado em Madrid, na sequência de um fenómeno meteorológico denominado “depressão isolada em altos níveis” (DANA), que tem causado chuvas torrenciais em várias regiões desde o início da semana.

De acordo com os serviços de emergência da Comunidade Valenciana, o número de vítimas mortais nesta região atinge atualmente as 202 pessoas. “Neste momento, e de forma provisória, o número de vítimas mortais atinge as 202 pessoas,” afirmou o centro de coordenação de emergências de Valência numa comunicação oficial, enfatizando que o processo de “levantamento e identificação das vítimas” ainda está em andamento. Além das mortes na Comunidade Valenciana, também foram reportadas duas vítimas em Castela La Mancha e uma na Andaluzia.

As inundações geradas por este fenómeno têm provocado impactos significativos, especialmente ao longo da costa do Mediterrâneo, onde os níveis de precipitação foram sem precedentes. A magnitude da tragédia classifica esta catástrofe natural como uma das mais graves em Espanha nos últimos 75 anos, superando acontecimentos históricos como as inundações de Biescas, em 1996, que resultaram em 87 mortos, e as inundações do rio Turia em 1957, que causaram entre 80 e 100 fatalidades.

As autoridades de emergência e a proteção civil estão a trabalhar incansavelmente para mitigar os danos e ajudar as populações afetadas. O aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos é uma preocupação que levanta questões sobre a preparação e a resposta do país a desastres naturais.

Enquanto a Comunidade Valenciana e outras regiões se recuperam deste desastre, as implicações futuras da mudança climática e a necessidade de políticas de urbanismo e gestão da água mais robustas tornam-se cada vez mais evidentes. A comunidade internacional observa atentamente, à medida que a Espanha luta para restabelecer a normalidade após esta tragédia sem precedentes.

Factual.digital com Última hora da LUSA

Posted by newsbot in newsbot, Temporada 2023/2024

Fábia Rebordão Reinterpreta Clássicos em Novo Álbum

A fadista Fábia Rebordão lançou um novo álbum intitulado “Eu Sou“, no qual recria clássicos da música portuguesa, oferecendo uma nova perspectiva sobre temas icónicos de Amália Rodrigues e José Afonso.

O projeto combina inovação e tradição, cativando tanto fãs de longa data quanto novas audiências.

Neste novo trabalho, Rebordão apresenta 24 faixas que mesclam fados tradicionais com interpretações contemporâneas. Entre os destaques estão as recriações de “Povo que Lavas no Rio” e “Barco Negro” de Amália Rodrigues, e um tributo especial a Fausto, com uma versão da sua música “A Voar por Cima das Águas”, aprovada pela família do compositor.

A fadista não apenas resgata temas tradicionais, mas também apresenta criações próprias, incluindo nove canções de sua autoria. Entre elas, “O Outro Lado da Viela” é uma resposta em tom feminino ao clássico “Fui de Viela em Viela” de Alfredo Marceneiro. Esse dueto entre tradição e inovação é uma marca da identidade artística de Rebordão, que procura honrar a herança do fado enquanto explora novas abordagens.

Rebordão tem sido amplamente elogiada pela crítica da sua capacidade de unir o passado e o presente, conferindo frescor a composições consagradas. O álbum também traz composições de autores contemporâneos como Luísa Sobral e Carolina Deslandes, ampliando o repertório com influências variadas. Além disso, o projeto conta com arranjos eletrônicos em algumas faixas, feitos em colaboração com Kapa de Freitas, o que reforça o desejo de modernizar o fado sem perder suas raízes.

Eu Sou” é um álbum duplo que apresenta uma combinação de voz, guitarra portuguesa, tuba, bateria e arranjos eletrônicos, criando uma sonoridade que preserva a essência do fado, mas que se expande para novos horizontes. O guitarrista Bruno Chaveiro e o produtor Kapa de Freitas foram peças fundamentais para concretizar a visão de Rebordão, que descreve o álbum como “uma afirmação de identidade própria”. Para a artista, dar uma roupagem atual a clássicos é uma forma de manter a memória viva e ao mesmo tempo torná-los mais acessíveis ao público contemporâneo.

Este projeto de Fábia Rebordão destaca-se como uma ponte entre o passado e o futuro do fado, mantendo as suas raízes, mas abrindo espaço para novas interpretações e influências. Ao se reapropriar de clássicos e adicionar suas próprias composições, Rebordão dá continuidade ao legado do fado, conferindo-lhe uma nova vitalidade para a atualidade.

Posted by Margarida Pinto in Temporada 2023/2024

Clássicos da Música Portuguesa: Canções que Marcaram Gerações

A música portuguesa é rica em diversidade e história, com clássicos que marcaram gerações e se tornaram símbolos culturais do país. Do fado melancólico aos ritmos vibrantes do rock e da música popular, estas canções não são apenas hits, mas autênticos patrimónios que moldam a identidade de Portugal.

O fado

O fado, reconhecido como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, é o género mais emblemático de Portugal. Ícones como Amália Rodrigues trouxeram ao mundo canções que são verdadeiros tesouros nacionais, como “Povo que Lavas no Rio” e “Foi Deus”. Estas músicas capturam a essência do sentimento português de saudade e melancolia. Outro nome relevante é Carlos do Carmo, cuja interpretação de “Lisboa Menina e Moça” imortalizou o charme da capital portuguesa.

Canções de intervenção

Os anos 70 foram marcados pela Revolução dos Cravos e a música refletiu este período de mudanças. José Afonso, com “Grândola, Vila Morena”, compôs a canção que se tornaria um hino da liberdade e o símbolo da revolução de 1974. Esta época viu também a ascensão de artistas como Sérgio Godinho e Fausto, que utilizaram a música para transmitir mensagens de justiça e resistência.

Rock português

A década de 80 foi decisiva para a popularização do rock português, com nomes como Rui Veloso e a banda Xutos & Pontapés. Veloso, muitas vezes chamado de “pai do rock português”, lançou o clássico “Chico Fininho”, enquanto os Xutos se consolidaram com sucessos como “Contentores”.

Novas sonoridades

Nos anos 90 e 2000, Portugal viu um ressurgimento de novas sonoridades e reinvenções de géneros tradicionais. O grupo Madredeus, com a voz etérea de Teresa Salgueiro, redefiniu o fado e trouxe novos clássicos como “O Pastor”. Mais recentemente, artistas como António Zambujo, Carminho e Ana Moura renovaram o fado, misturando-o com influências contemporâneas. “Desfado”, de Ana Moura, é um exemplo de como o fado pode evoluir sem perder as suas raízes.

Música popular português

Além do fado e do rock, a música popular também tem os seus clássicos. Artistas como Quim Barreiros e Tony Carreira criaram verdadeiros hinos das festas populares. Canções como “A Garagem da Vizinha”, de Quim Barreiros, ou “Sonhos de Menino”, de Tony Carreira, são incontornáveis nas celebrações de norte a sul do país, refletindo o espírito festivo e o humor popular.

Estes clássicos da música portuguesa transcendem o tempo e as gerações, unindo diferentes públicos e mantendo viva a alma cultural de Portugal.

Posted by Margarida Pinto in Temporada 2023/2024

Incêndio de autocarro da Carris Metropolitana em Loures deixa motorista em estado grave

Um motorista da Carris Metropolitana sofreu queimaduras graves devido a um incêndio num autocarro em Loures nesta quinta-feira, dia 24 de Outubro. O veículo que estava sem passageiros no momento do acidente, foi vandalizado em meio de tumultos na região. 

A Carris Metropolitana informou que o motorista encontra-se em estado grave e está a colaborar com as autoridades na investigação. Também uma fonte da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, referiu que tinha dado entrada , durante a madrugada de hoje, “um doente queimado” que estava “estabilizado e em avaliação”, não confirmando, no entanto, tratar-se do homem proveniente do incidente de Loures. Entretanto a PSP, nas últimas 24 horas, confirmou a existência de três feridos, sendo o motorista aquele que está em estado mais grave. 

Os distúrbios que ocorreram esta semana em vários concelhos da área metropolitana de Lisboa foram desencadeados pela morte de Odair Moniz, de 43 anos, no Bairro do Zambujal, em Alfragide. Odaír Moniz foi baleado por um agente da PSP nesta madrugada de segunda-feira, no bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Desde então, várias ações violentas aconteceram, incluindo outro incêndio de autocarro na Arrentela onde um “um grupo organizado de cerca de 20 pessoas mandou parar o autocarro” na zona, “fez sair os passageiros e o condutor, e regou o veículo com combustível”, referiu o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva. 

No total, mais de uma dezena de pessoas foram detidas. Para além do motorista de autocarro que sofreu queimaduras graves, alguns cidadãos ficaram feridos sem gravidade e dois polícias receberam tratamento hospitalar.

Posted by Nicole Ceban in Temporada 2023/2024

Conflitos no Bairro do Zambujal

Durante toda a semana, o Bairro do Zambujal, na Amadora, tem sido palco de violentos confrontos entre moradores e forças de segurança. A morte de Odair Moniz, às mão da PSP, foi o rastilho para uma onda de violência em vários bairros na região da Grande Lisboa.   

Os moradores do Bairro do Zambujal foram surpreendidos ao cair da noite da passada terça-feira, 22 de outubro, com o lavrar das chamas numa viatura da Carris. Testemunhas relatam vários veículos e contentores do lixo incendiados, assim como episódios de grande violência com o lançamento de pedras e outros objetos contra a polícia. 

A PSP está empenhada em repor a ordem pública e a tranquilidade no bairro e apela à calma de todos os cidadãos. Reitera, contudo, que “não serão tolerados atos de desordem e de destruição praticados por grupos criminosos, apostados em afrontas a autoridade do Estado e em perturbar a segurança da comunidade”, segundo um comunicado emitido pela Direção Nacional.

O contingente policial foi reforçado no Bairro do Zambujal, encontrando-se no local vários veículos da PSP, assim como elementos armados do Corpo de Intervenção. Três pessoas foram detidas, duas por incêndio e agressões a agentes policiais e outra por incêndio e posse de material combustível. 

À saída da reunião que juntou os autarcas da região e o Governo, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu o crescente sentimento de insegurança e a necessidade de mais policiamento. Carlos Moedas afirma que ” é preciso continuar a investir (…). Se for preciso mais esquadras em Lisboa, a Câmara Municipal arranja essas esquadras.”

António Leitão Morais, atual Ministro da Presidência, alertou para a futura utilização de meios de vigilância, que podem ser “presenciais a cibernéticos” e anunciou o escrutínio de que serão alvo as redes sociais para “detetar e prevenir todos os acontecimentos errados”. O Governo afirma que a maior presença de agentes de segurança vai ser notada pelos cidadãos.

Posted by Sofia Margarida Pinguinha in Temporada 2023/2024

Conheça Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto

Francisco J. Marques anunciou este ano a sua despedida do FC Porto, mas a sua vida vai muito para além do clube de que fez parte.

É certo que um marco importante na vida de Francisco J. Marques foi a sua passagem pela direção de comunicação dos dragões, mas antes disso, o ex-diretor teve passagens pelo Público, Jornal de Notícias e Agência Lusa.

Nascido em Miranda do Douro a 31 de maio de 1996, praticou xadrez federado no Clube de Propaganda da Natação em Ermesinde e desde cedo que foi educado em sua casa a folhear jornais e a consumir informação diariamente e por isso, sempre ambicionou ser jornalista, no entanto, licenciou-se em engenharia no Instituto Superior de Engenharia do Porto e até essa altura da vida nunca exerceu na área jornalística.

A sua primeira passagem por uma redação foi na década de 1990, dedicando-se sobretudo ao jornalismo desportivo.

Estreou-se no Público precisamente no ano de fundação deste jornal, 1990, e o seu percurso por lá terminou a 31 de dezembro de 2002. Pelo meio esteve um mês no jornal O Jogo e seis no 24 Horas, mas acabou sempre por voltar à redação-mãe.

Segundo Manuel Queiroz, o seu editor nos primeiros tempos de jornalismo, “o Chico fazia sobretudo desporto, porque tinha uma cultura muito grande a esse nível, mas como era o começo e ainda tínhamos pouca gente, tinha de fazer de tudo um pouco.” Queiroz ainda recorda a a sua organização e timidez: “Ele sempre foi um tipo sério em quem se podia confiar. E tinha uma coisa que eu e os outros jornalistas do Desporto não tínhamos: sempre foi muito bom com jornalismo de dados, nunca se enganava com números. O Francisco era um tipo extremamente organizado no trabalho. Mas no começo sentia que ele era mais um jornalista de ‘secretária’ do que de entrevistar pessoas. Não sei se era tímido ou não. Mas não era de contacto fácil no começo- isso era uma característica da personalidade dele. Nunca foi um jornalista de ter muitas fontes, não ‘sacava’ notícias como os outros, mas se lhe pedisses um trabalho ele entregava-to a tempo e horas.

Marques trocou o Público pelo Jornal de Notícias e mais tarde (entre 2008 e 2011) foi editor de Desporto na Agência Lusa, onde sofreu pela sua aproximação ao FC Porto, sendo que o Benfica chegou mesmo a apresentar uma queixa à Entidade Reguladora da Comunicação Social, acusando o então editor de “jornalismo tendencioso”.

Ao chegar em 2011 à redação do Futebol Clube do Porto, Francisco J. Marques, acabou a trocar o Desporto pela Sociedade, tomando o cargo de Diretor de Comunicação e Informação.

Atualmente com 58 anos é casado e tem uma filha, o seu cargo no FC Porto chegou ao fim a 1 de agosto de 2024 “por um acordo que fui forçado a negociar” e está neste momento a enfrentar um processo de acusação de violência doméstica contra a sua mulher e filha.

Posted by Susana Rodrigues in Temporada 2023/2024

Impacto da violência doméstica no desenvolvimento das crianças

Violência doméstica deixa crianças em permanente sofrimento e provoca alterações neurológicas.

As crianças vítimas de violência doméstica experienciam diversos problemas de saúde (física e psicológica), entre os quais, perturbações da alimentação, dificuldades da aprendizagem, problemas comportamentais, medo culpa e zanga, isolamento social, ansiedade, quadro depressivo, agressões a outras crianças, insónia, pesadelos, culpa, vergonha e pensamentos suicidas.

Quando, na infância, as crianças experienciam ou testemunham situações de violência, existe maior probabilidade de continuarem envolvidas no ciclo de violência na idade adulta pois vêem os pais como modelos a seguir, perpetuando o ciclo de violência nas gerações seguintes.

Internacionalmente, a exposição das crianças à violência doméstica tem sido cada vez mais reconhecida como uma forma de abuso infantil de acordo com a ordem dos psicólogos.

A psicóloga Maria Louro aponta que se trata de uma violência repentina e imprevisível, em que a criança está permanentemente à espera que qualquer coisa possa desencadear um episódio de violência, como se estivesse sempre em ‘suspense’, vivendo em modo de sobrevivência, o que provoca alterações biológicas, mas também psicológicas e emocionais.

Aos três anos, as crianças já têm capacidade para memorizar o que se passa à sua volta e diferenciar a realidade de fantasia, segundo especialista Maria Louro, docente e representante de Portugal na Associação Ibero-americana de Psicologia Jurídica.

As crianças que vivem neste ambiente devem ser acompanhadas por especialistas de forma a conseguirem ultrapassar estas alterações neurológicas e não seguirem os padrões dos pais.

Um dos casos recentes a envolverem violênncia doméstica sobre crianças foi o do ex-diretor de comunicação do Futebol Clube do Porto, Francisco J. Marques.

Posted by Soraia Goncalves in Temporada 2023/2024

Violência Doméstica: As Mulheres são as mais afetadas em 2024

As mulheres continuam a ser as mais afetadas por crimes de violência doméstica, apontam os Indicadores Estatísticos publicados no Portal da Violência Doméstica.

Os dados mais recentes referem-se ao segundo trimestre de 2024, de abril a junho, e apontam para 1419 pessoas acolhidas na Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica. Destas, 49,54% são mulheres, 48,8% crianças e 1,6% homens. Relativamente aos crimes contra mulheres, o perfil do agressor corresponde maioritariamente a homens da mesma faixa etária.

As medidas de proteção por teleassistência da Rede Nacional alcançaram mais de 5000 pessoas que pediram auxílio no âmbito deste crime público. Para além disto, foram totalizadas 7738 ocorrências neste período pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), o que traduz um aumento de 12,49% comparativamente ao trimestre anterior.

Neste trimestre registaram-se 3 vítimas (2 mulheres e 1 homem) de homicídio voluntário em contexto de Violência Doméstica. No 1.º trimestre de 2024 ocorreram 9 homicídios (8 mulheres 1 homem).

Cerca de 1134 medidas de coação de afastamento a agressores por crimes de Violência Doméstica foram aplicadas, e 2631 pessoas foram registadas em programas para agressores.

O caso de Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do Futebol Clube do Porto, foi mais recente destes casos de violência doméstica a chegar à barra do tribunal.

Posted by Margarida Faro in Temporada 2023/2024

Francisco J. Marques condenado a pena de prisão suspensa

O ex-diretor da comunicação do FC Porto foi condenado a três anos e seis meses de pena de prisão suspensa por crimes de violência doméstica.

Fernando J. Marques foi hoje condenado a três anos e seis meses de pena de prisão suspensa na sua execução por crimes de violência doméstica contra a sua ex-companheira e filha de ambos. O arguido, de 58 anos, não poderá contactar as vítimas durante dois anos e será obrigado a manter-se afastado da sua residência e local de trabalho. Para além disto, terá de frequentar o programa de prevenção de crimes de violência doméstica da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

A pena suspensa de execução por crimes de violência doméstica está sujeita a um regime de prova, como está estipulado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, mas a magistrada do Tribunal do Bulhão, no Porto, afirma “não restarem dúvidas” sobre a natureza dos crimes.

O julgamento conclui sobre dois crimes de violência doméstica, que não foram executados de forma física. O tribunal concordou sobre a veracidade das mensagens e e-mails que Fernando J. Marques, “movido por ciúmes e posse”, enviou à ex-companheira entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, notando o cariz insultuoso, humilhante e intimidante dos mesmos.

Durante o julgamento, também se comprovou que Fernando J. Marques rebaixava a sua ex-companheira em conversas diretas com a filha de ambos, que na altura dos crimes tinha 7 anos.

A investigação sobre os crimes do ex-diretor da comunicação do FC Porto começou em janeiro de 2022 com uma queixa por parte da vítima, nesta altura já separada do arguido, que foi direcionada para o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto.

Fernando J. Marques demonstrou “falta de interiorização do crime, projetando a culpa na ofendida” durante o julgamento, denota a magistrada do Tribunal do Bulhão.

Posted by Ana Rita Ferreira in Temporada 2023/2024

Autoridades preocupadas com pirotecnia e adeptos casuais no desporto

Pirotecnia, adeptos casuais e ciberataques estão entre as diversas preocupações das autoridades no desporto, tal como foi hoje assumido pelo responsável de segurança pública em Viseu.

Ricardo Conceição, responsável da Polícia de Segurança Pública (PSP), afirma que, semanalmente, é identificado um número crescente de adeptos envolvidos em ações relacionadas com pirotecnia, desacatos ou ciberataques. Aquele representante da autoridade alerta ainda para a necessidade de organizar “mecanismos de sancionamento das pessoas que têm esse tipo de conduta”. O responsável pela PSP divulgou que em competições europeias ocorreram “570 deflagrações de artigos pirotécnicos”, o que equivale a 74,7% dos 763 registos ao longo desta época, tornando necessário “alertar para o nível de perigosidade”, deste tipo de objetos.

Daniel Seabra, antropólogo da Universidade Fernando Pessoa, refletiu sobre o fenómeno “casuals”e afirmou que “o problema é o quadro de valores” no qual as pessoas que pertencem às claques de adeptos casuais estão integrados. Aquele especialista declara que estas pessoas “têm consciência de que aquilo é errado”, mas mesmo assim adotam esses comportamentos.

Ainda no mesmo congresso, um elemento do Serviço de Informações de Segurança (SIS) explicou a forma como os ciberterroristas atuam: entram nos computadores das pessoas que assistem os eventos desportivos online, aproveitando que estes permanecem ali durante todo o evento, e desenvolvem .

Posted by Sara Khamassi in Temporada 2023/2024