Ramalho Eanes e Manuela Eanes exerceram esta tarde o seu direito de voto na Escola Luís António Verney. A caminho da Urna o ex-Chefe de Estado demonstrou alguma preocupação com a estabilidade governativa.
A minha preocupação fundamental é estabilidade governativa porque sem essa estabilidade dificilmente haverá possibilidade de encontrar soluções com uma consensualidade mínima de responder às reformas exigidas.
General Ramalho Eanes
Tiago Matos Gomes publicou uma fotografia no Twitter a marcar o momento da sua votação.
O líder do Volt aproveitou a publicação na rede social para também apelar à deslocação dos portugueses às urnas.
O Volt é um partido pan-europeu, ou seja, um partido com presença em toda a Europa e que acredita “numa União Europeia Federal plena para superar os grandes desafios globais”, como podemos ler no site. O partido existe em Portugal desde junho de 2020.
As eleições legislativas antecipadas estão a decorrer desde as oito da manhã, sem incidentes ou boicotes às urnas.
Até ao momento, apenas foi registada uma queixa na Comissão Nacional de Eleições (CNE) vinda dos Açores. De acordo com a reclamação, uma das mesas na ilha do Corvo estava virada para os membros da mesa de voto, colocando em causa o voto secreto.
A Madeira registou um atraso na abertura de três secções de voto. O incidente terá ocorrido na freguesia de São Martinho, a maior do Funchal.
De acordo com informações prestadas pela Junta de Freguesia local, o atraso terá acontecido uma vez que é necessário descarregar primeiro os votos em mobilidade e antecipados para depois seguir com o processo normal.
As urnas abriram cerca de 30 minutos depois da hora prevista.
Presidente da Câmara de Guimarães votou às 12h, na freguesia de residência, em Gémeos. Domingos Bragança garantiu que estão criadas as condições de segurança para o ato eleitoral.
“As diversas entidades, onde está incluída a Câmara, tem já alguma experiência, este não é o primeiro ato eleitoral em pandemia. Estas eleições estão a correr muito bem, fizemos uma aprendizagem, corrigimos, aperfeiçoamos e tudo está a correr bem.”
Domingos Bragança
Relativamente à participação, o responsável máximo das eleições no concelho de Guimarães, reconhece que a abstenção está “ligeiramente mais alta” que em atos eleitorais anteriores à mesma hora. “Esperamos que venha a corrigir agora após o almoço”, anseia Domingos Bragança.
André Ventura votou na Escola do Parque das Nações, em Lisboa, perto das 13:30h.
O líder do Chega está “confiante”. Assume que o discurso para o final da noite já está preparado e que, este Domingo, pode ser “um dos dias mais importantes” da sua carreira política.
Ventura garante que “a abstenção prejudica a democracia” e acrescenta que “passamos a vida a queixarmo-nos e chega ao dia e não votamos!”. O presidente do chega diz que o número de eleitores a ir votar até ao meio dia é “positivo” e que sente “que as pessoas estão com vontade de escolher o seu futuro”.
André Ventura referiu, ainda, os problemas vividos no estrangeiro, onde “mais uma vez as comunidades portuguesas não conseguem votar”. O líder do partido diz “lamentar muito o que está a acontecer em Angola, França e Itália!” e reforça a ideia de que “houve tempo para se tratar dessa situação!”.
Viseu tem 31 mesas de voto distribuídas por duas escolas, a Alves Martins e a Emídio Navarro. Até ao meio dia a taxa de adesão era 27,65%.
Segundo o presidente da Junta, Diamantino Santos, “a votação está a correr com perfeita normalidade”.
“A adesão está dentro dos valores normais. Não há filas, porque está tudo bem marcado, assinalado, as pessoas já sabem onde têm que ir. Nem na abertura houve filas.”
Presidente da Junta de Freguesia
Em relação à votação por doentes covid, o autarca não sabe dizer se algum eleitor em isolamento ou infetado já votou, furando a recomendação para só o fazer entre as 18 e as 19 horas, mas acredita que isso já aconteceu.
“Eu acredito que não vão seguir a recomendação de virem só ao final da tarde. Eles virão quando lhes apetecer e não os vamos conseguir identificar. Cumprirmos as normas da DGS e da proteção civil e temos as coisas salvaguardadas.”
Presidente da Junta de Freguesia
António Costa afirmou estar “seguro, tranquilo e confiante naquilo que vai acontecer hoje”. O líder do PS, acompanhou a esposa, Fernanda Tadeu, no seu exercício de voto e relembrou que os portugueses “têm de fazer a sua parte”.
O primeiro-ministro apelou aos portugueses que se desloquem às urnas e que votem. “É o momento decisivo em que cada cidadão e cada cidadã decide o futuro do país e o que é que quer para o país”, disse Costa.
O candidato do PS garantiu ainda que é seguro ir votar e que não existem “motivos para receio” no que diz respeito à possibilidade de os doentes Covid exercerem o seu direito entre as seis e as sete da tarde.
O secretário-geral do PS afirmou que está confiante na vitória do partido e que só tenciona “fazer um discurso logo à noite”.
António Costa lamentou ainda o facto de alguns portugueses residentes no estrangeiro estarem impossibilitados de votar e alertou para a importância de ser necessária mais informação sobre os procedimentos.
Relativamente às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a alteração da Lei Eleitoral, nomeadamente, o fim do dia de Reflexão, Costa diz que “não é uma matéria sobre a qual tenha uma opinião muito firme”.
O Presidente da República exerceu o seu direito de voto às 13:15 em Celorico de Basto, na freguesia de Molares, Braga onde está recenseado há 26 anos. Nesta freguesia votaram apenas 120 dos 500 eleitores inscritos um número que se encontra muito abaixo se comparado com anos anteriores.
À porta das urnas o Chefe de Estado insistiu na importância do voto dos portugueses com destaque para aqueles que se encontram isolados “espero que seja possível entre as 06h e as 07h da tarde que muito desses portugueses venham votar. Têm esse direito! Há um sistema de segurança que permite vir, não prejudicando ninguém.”
Quanto à impossibilidade de alguns portugueses espalhados pelo Mundo votarem, o Chefe de Estado, lamentou e admitiu que são questões que o Parlamento deve pensar no futuro.
Foi na Escola Básica do Bom Sucesso, em Boavista, perto das 12h, que Rui Rio exerceu o direito de voto.
O líder do PSD diz estar “tranquilo” e que se sentiu “seguro” a votar. Elogiou ainda a organização da assembleia de voto, numa altura em que todas as medidas de segurança são cumpridas, de forma a evitar contágios.
“Já fizemos tudo o que tínhamos a fazer. Eu e os demais candidatos”, garantiu Rui Rio. O social-democrata afirmou, ainda: “é bom se votarem muito. Venham dispersos ao longo do dia, mas venham”.
O presidente do Partido Social Democrata avança ainda que após almoçar segue viagem para Lisboa, local onde vai aguardar os resultados eleitorais e, posteriormente, fazer o discurso final.